sábado, 6 de março de 2010

Eu sempre tenho os melhores textos de madrugada, pra ser mais específica, no exato momento em que me deito e fecho os olhos. Ali eu monto meus melhores textos, as melhores imagens, as maiores fantasias. É duro saber que em pouco mais de 3 minutos eu vá perder aquilo tudo que poderia ser arquivado em qualquer pasta, com qualquer nome por aqui. Talvez eu pudesse ter na escrivaninha aquele bom bloco e sua inseparável caneta ao lado, mas mero engano achar que eu vá realmente levantar dali pra escrever tudo que se passa aqui. Por um momento... leve engano mesmo.
A única coisa que sei é que não sei o que fiz da vida, já passa um tempo desde o último post. As palavras estão tão presentes em mim, que quando chega a minha vez de expressar o que sinto por elas, paro sempre no meio do caminho. Realmente o que fica aqui não é só um nome, são sentimentos que pulsam com voracidade em mim. Meu coração bate pelas palavras, pela leitura, pela graça que dá ver tanta gente achando que escreve coisas lindas, quando ninguém, eu, você e até mesmo quem escreveu não entenda nada. Esse coração bate pela juventude -que estranhamente admito fazer parte- cheia de pseudos alguma coisa que não passam de meros alguéns que daqui a alguns anos vão estar acordando cedo e buscando alguma coisa da vida, talvez não pelo fato de que tenha se dado conta da realidade, mas porque a realidade obriga a cantar assim.
Isso pode já ter acontecido com você, um dia vai acontecer comigo e antes que os pseudos escritores se dêem conta, a vida deles também vai estar de cabeça pra baixo.
Posto isso, um brinde ao intervalo. Vamos comemorar a boa nova ainda não ter chegado... vambora escrever o que der na telha, já que os intelectuais (e esses que eu escrevo agora não são pseudos não) insistem que esse tempo vai acabar. Aproveita que tem um monte de profeta por aí dizendo que as redes midiáticas vão tomar conta, como se a gente não fosse mais precisar do simples. Corre! Enche meu coração de alegria abrindo qualquer espaço e vomitando um monte daquilo que já é chamado de lixo, mas que me impulsiona tanto saber que você ainda perde seu tempo tentando fazer com que eu ou qualquer outro entenda o que você quer dizer, o que você está sentindo e o que você quer que aconteça na sua vida, mesmo que não acrescente nada a ninguém.
Eu faço parte da geração que ainda pega no papel e caneta, ou não, que fica com o teclado mesmo, como a dona desse textinho miserável está fazendo agora e você não sabe a emoção que isso me remete.
Filho, a mãe não sabe como você vai estar se virando aí... neto, desculpa a indignação de uma velha que de uma certa forma até tem ideia de como você possa estar vivendo agora, as coisas podem ter mudado muito ou podem ter mudado tanto que você resolveu fazer como eu, o que pra você pode ser voltar aos primórdios. Deixa eu te adiantar uma coisa, não importa se o seu milênio ainda te dê o privilégio ou a fuga de escrever á mão, talvez você nunca saiba, mesmo tentando, o que significa isso.
Estudando a história do nosso país, eu posso até fazer parte da época dos pseudos escritores, visto que, depois de 90 grande parte virou merda e pouco antes disso entrou em vigor a "geração coca-cola". A minha geração é conhecida por dominar a internet como nunca, essa galera agora tá mandando muito bem nisso. Você talvez leve um susto quando ver uma foto do que se encontra diante de mim pra poder eternizar esse texto pra você, os computadores eram grandes mesmo, pode rir.
Onde vocês se encontram agora pode haver incontáveis poetas, escritores ou qualquer nome que se dê a quem organiza bem suas ideias a ponto do outro entender, mas filho, isso não será o suficiente pra me fazer largar a ideia de que eu ainda faço parte da geração que escreve... ou tenta escrever. Desculpa aí.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

É até engraçado, eu lembro que o deixei em silêncio. O que já não era novidade porque não me lembro de uma só vez que não tenha feito isso com qualquer outro. Esse negócio de se desprender do que é material sempre me interessou muito, eu sei, mas dessa vez eu começara a reparar que era com o sentimento que eu estava brincando... esquisito. Pra qualquer par de olhos eu sou tão normal e politicamente correta que chega a ser imprevisível falar que a bonequinha ali gosta mesmo é de brincar, fazia tempo que não era o brinquedo.

Ultimamente eu me sentira pressionada a gritar pro mundo sobre esse jeito desgarrado de ser. Tipo um "tá vendo ? eu sou assim... agora vai encher outro." Mas, na verdade, descobri que a delícia mesmo é ser, ser apenas. Sem gritar pra ninguém, sem olhar pro lado, sem provar nada. Não que a fase disso já tenha passado, muito pelo contrário, ainda devo explicações a muita gente que me interessa. Mas sabe como é né... Prezo por uma certa discrição.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Do meu lado todas as músicas são intensas.
Não precisa ser verão e você vai sentir calor.
Do meu lado, o menos se torna mais.
Ou então tu vais forjar sentir frio, só pra eu ser teu casaco.

Tu és mesmo muito engraçada, Tainá.
Te conheci quando tu ainda dizia frases prontas.
E agora tá aí, implorando que te surpreendam.
Tu é mesmo tudo aquilo que um dia sonhou ser.
Aquilo que em sã loucura, um dia disse ser legal.

Eu já não acho. A tua graça está em ser imatura.
Em deixar que as pessoas percebam cada ponto teu que está sofrendo mudança.
Cada oscilada de humor e deshumor. Eu me confronto se por diversas
vezes não foi isso que tu pedira em olhares.

Acho que sim.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Primeiro

Hoje eu assisti uma reportagem de uns caras que sobrevivem com a criatividade deles. Com o tempo, as idéias loucas os levaram a seguir a profissão de designer. Um deles falou que se nós, Comunicadores, queremos impactar uma empresa, devemos mostrar-lhes o nosso mundo. Site, blog, flickr, twitter, etc. Mostre que você tem uma mini empresa, a sua própria. E ele terminou falando assim : “Não tenha medo das suas idéias surreias, não esconda isso”. Gostei muito ! Queria que você lesse isso hoje.

Bom dia.